quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Não paramos...do Barreiro até Lisboa


Olá, mais uma vez aqui vos transmitimos as mais recentes novidades sobre o nosso projecto.
Ontem, dia 13 de Janeiro de 2009 fomos visitar o Aquário Vasco da Gama após o convite que nos chegou via e-mail no dia anterior à nossa viagem a Lisboa.
Visto que já tínhamos confirmado a nossa ida, quando lá chegámos fomos recebidos pela Dr.ª Fátima Gil.
Durante os vários minutos que permanecemos no seu acolhedor gabinete, falámos sobre o animal marinho que mais frequentemente chega ao Aquário Vasco da Gama, a tartaruga marinha. Ficámos a conhecer alguns dos factores que obrigam estes maravilhosos animais a serem resgatados da costa portuguesa para os estabelecimentos que os acolhem, de modo a serem reabilitados ou caso estejam mortos, possam ser submetidos a uma necrópsia (autópsia feita aos animais). Factores que limitam a estabilidade das tartarugas marinhas são: as redes que as envolvem, morrendo por afogamento; os anzóis que as ferem gravemente, caso estas os ingiram; a exposição a micro bactérias, como é o caso da fatal tuberculose marinha, que afecta os indivíduos que se encontram com um sistema imunitário mais débil ou, então, estejam expostos a uma grande concentração deste bacilo.
Apesar de tudo, parece que as inúmeras doenças que afectam as tartarugas não são ainda um grande objecto de estudo dos biólogos marinhos, pois estas só começaram a ser analisadas com mais precisão por volta dos anos 60.
Enquanto conversávamos com a Dr.ª Fátima Gil, foi-nos possível visualizar e obter imagens sobre necrópsias feitas a dois exemplares que acabaram por falecer após o efeito prolongado e degradante da tuberculose marinha. Também nos foram transmitidos alguns documentos que contêm vários parâmetros a serem analisados e registados na avaliação do estado de saúde de uma tartaruga marinha. Tal como acontece com outros animais, nas tartarugas devolvidas ao mar, o homem tem a necessidade de registar, através de “chip” electrónico interno e/ou com um pequeno apêndice que contem informação sobre o país e a localidade onde os indivíduos foram anteriormente tratados. Assim, no caso de voltarem a precisar novamente de cuidados, através destas identificações, poderão ser acolhidos pelas instituições anteriores se ainda se encontrarem no país.
Após estas informações e documentações úteis podemos caminhar mais alguns passos nesta longa jornada.

Hoje, durante a aula, enviámos um fax ao Zoomarine de Albufeira e ao CRAM-Q (do qual já obtivemos a resposta de que irão responder ao nosso questionário assim que possível) e telefonámos para a Estação Litoral da Aguda.

Estamos profundamente gratos à Dr.ª Fátima Gil e ao Aquário Vasco da Gama por terem sido tão gentis e receptivos no que toca ao nosso trabalho.

Imagem retirada de: http://www.marinha.pt/NR/rdonlyres/D336F991-056C-4A07-BFD6-7C94B604714D/1908/D05AVG0202.jpg

Gonçalo

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